sábado, 31 de maio de 2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

30



Feliz 30

sábado, 24 de maio de 2008

domingo, 18 de maio de 2008

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Provas de Aferição




Não vou dar 1 hora de aulas aos meus alunos,
para poder vigiar as provas de aferição
dos alunos dos outros?...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Abraça-me



Abraça-me esta noite
Como se não houvesse dia
Como se o sol não brilhasse
Como se o futuro fosse hoje

Abraça-me com força
Como se eu fosse frágil
Como se fosse roubada
Como se fosse preciosa

Abraça-me ternamente
Como abraças teu filho
Como abraçarias teu neto
Como abraçaste teu pai

Abraça-me simplesmente
Sente o meu corpo
Sente a minha alma
Sente o meu calor

Abraça-me...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Acalanto Para Helena

Dorme minha pequena

Não vale a pena despertar

Eu vou sair

Por aí afora

Atrás da aurora

Mais serena


Ney Matogrosso, "Um Brasileiro"
Composição: Chico Buarque/1971

domingo, 11 de maio de 2008

Amizade

"Grande parte da vitalidade de uma amizade reside no respeito pelas diferenças, não apenas em desfrutar das semelhanças.”

James Fredericks

sábado, 10 de maio de 2008

Confesso



Confesso acordei achando tudo indiferente

Verdade acabei sentindo cada dia igual

Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante

Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade

Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais

É mesmo exagero ou vaidade

Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás

Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz

Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida

Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder

Aos poucos fui ficando mesmo sem saída

Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade

Também tenho saudade mas já são quatro e tal

Talvez eu passe um tempo longe da cidade

Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais


Ana Carolina
Composição: Ana Carolina e Totonho Villeroy

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Principezinho

"(...)
- Olá, bom dia! disse a raposa.
- Olá, bom dia! - Respondeu delicadamente o principezinho...
-Anda brincar comigo - pediu o princepezinho. Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
Andas á procura de galinhas?
- Não... Ando á procura de amigos. O que é que "cativar" quer dizer?
- ... Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - ...
Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo...
Tenho uma vida terrivelmente monótona...
Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol.
Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti...
- Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa. - Os homens, agora já não tem tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não tem amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E o que é preciso fazer? - Perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto...
Se vieres sempre às quatro horas, às três já eu começo a ser feliz..."

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Romeu e Julieta


«Que é Montecchio?

Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo.

Sê outro nome. Que há num simples nome?

O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título.

Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira. »

(Julieta, Acto II, Cena II)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

As Mulheres de Atenas

“As Mulheres de Atenas” é uma peça que o dramaturgo brasileiro Augusto Boal construiu tomando como ponto de partida duas comédias de Aristófanes: “Lisístrata” e “Assembleia de Mulheres”.

A primeira parte, baseada em “Lisístrata”, retrata a greve de sexo feita pelas mulheres para obrigarem os homens a acabar com a guerra. A segunda parte, baseada em “Assembleia de Mulheres” fala-nos sobre a ocupação do poder político por parte das mulheres. Tudo se passa numa fictícia Atenas, sem nenhum realismo.

Augusto Boal dedicou “As mulheres de Atenas” a todos os movimentos de libertação feminina e a todas as feministas que o ajudaram a escrever esta peça, quer através dos seus livros, das suas pesquisas ou através dos seus exemplos de vida.


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas


Vivem pros seu maridos, orgulho e raça de Atenas

Quando amadas, se perfumam

Se banham com leite, se arrumam

Suas melenas

Quando fustigadas não choram

Se ajoelham, pedem, imploram

Mais duras penas

Cadenas


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas

Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas

Quando eles embarcam, soldados

Elas tecem longos bordados

Mil quarentenas

E quando eles voltam sedentos

Querem arrancar violentos

Carícias plenas

Obscenas


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas

Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas

Quando eles se entopem de vinho

Costumam buscar o carinho

De outras falenas

Mas no fim da noite, aos pedaços

Quase sempre voltam pros braços

De suas pequenas

Helenas


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas

Geram pros seus maridos, os novos filhos de Atenas

Elas não têm gosto ou vontade

Nem defeito nem qualidade

Têm medo apenas

Não têm sonhos, só têm presságios

O seu homem, mares, naufrágios

Lindas sirenas

Morenas


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas

Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas

E as gestantes abandonadas

Não fazem cenas

Vestem-se de negro, se encolhem

Se conformam e se recolhem

Às suas novenas

Serenas


Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas

Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas


Chico Buarque - Augusto Boal, 1976

Eu queria ser civilizado como os animais...



Eu queria poder afagar uma fera terrível

Eu queria poder transformar tanta coisa impossível

Eu queria dizer tanta coisa

Que pudesse fazer eu ficar bem comigo

Eu queria poder abraçar meu maior inimigo


Eu queria não ver tantas nuvens escuras nos ares

Navegar sem achar tantas manchas de óleo nos mares

E as baleias desaparecendo

Por falta de escrúpulos comercias


Eu queria ser civilizado como os animais


Eu queria não ver todo o verde da terra morrendo

E das águas dos rios os peixes desaparecendo

Eu queria gritar que esse tal de ouro negro

Não passa de um negro veneno

E sabemos que por tudo isso vivemos bem menos


Eu não posso aceitar certas coisas que eu não entendo

O comércio das armas de guerra da morte vivendo

Eu queria falar de alegria

Ao invés de tristeza mas não sou capaz


Eu queria ser civilizado como os animais


Não sou contra o progresso

Mas apelo pro bom senso

Um erro não conserta o outro
.
Isso é o que eu penso.


Progresso

Roberto Carlos

terça-feira, 6 de maio de 2008

Subida de Preços...

Foto Expresso

"...e se o dólar é verde,
é mais forte que o verde que havia..."
O Ano Passado
Roberto Carlos

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Hollywood



Os terrenos onde se encontra a lendária placa
estão à venda?

Incrível, que mais iremos perder
"por um punhado de dólares"?

domingo, 4 de maio de 2008

A Todas as Mães...

A todas as mães:

as de útero,
as de coração,
as de esperança
e as emprestadas
Um Feliz Dia !!!

sábado, 3 de maio de 2008

Slade

Uma verdadeira nostalgia dos 80´s... Run, Runaway

Slade no seu melhor!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Andava a Lua nos Céus


Andava a lua nos céus
Com o seu bando de estrelas
Na minha alcova
Ardiam velas
Em candelabros de bronze
Pelo chão em desalinho
Os veludos pareciam
Ondas de sangue e ondas de vinho


Ele, olhava-me cismando;
E eu,
Plácidamente, fumava,
Vendo a lua branca e nua
Que pelos céus caminhava.
Aproximou-se; e em delírio
Procurou avidamente
E avidamente beijou
A minha boca de cravo
Que a beijar se recusou.

Arrastou-me para ele,
E encostado ao meu hombro
Falou-me de um pagem loiro
Que morrera de saudade
À beira-mar, a cantar...
Olhei o céu!
Agora, a lua, fugia,
Entre nuvens que tornavam
A linda noite sombria.

Deram-se as bocas num beijo,
Um beijo nervoso e lento...
O homem cede ao desejo
Como a nuvem cede ao vento
Vinha longe a madrugada.

Por fim,
Largando esse corpo
Que adormecera cansado
E que eu beijara, loucamente,
Sem sentir,
Bebia vinho, perdidamente
Bebia vinha..., até cair.

António Botto
Aves de Um Parque Real
As Canções de António Botto

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1º de Maio


O primeiro 1º de Maio celebrado em Portugal depois do 25 de Abril foi a maior manifestação de sempre em Portugal.

Em Lisboa juntaram-se mais de meio milhão de pessoas, que demonstraram a sua alegria com o 25 de Abril, que uma semana antes devolvia ao país a liberdade e a democracia.
Desejo a todos um bom 1º de Maio...